terça-feira, 1 de novembro de 2011

EXISTENCIALISMO, PSICOLOGIA DO TRABALHO E M A SAÚDE/DOENÇA DO TRABALHADOR (26/06/2011)


UMA VISÃO EXISTENCIALISTA DA RELAÇÃO DA PSICOLOGIA DO TRABALHO COM A SAÚDE/DOENÇA DO TRABALHADOR, A PARTIR DO FILME
JERRY MAGUIRE: UMA GRANDE VIRADA
RESUMO: O tema Saúde do Trabalhador engloba todo um contexto de trabalho, relações de trabalho, relações sociais e relações familiares. Devemos considerar também, a existência do sistema capitalista que influencia na construção da subjetividade e objetividade humana, podendo refletir assim no adoecimento ou não do trabalhador. É preciso lembrar que a organização faz parte de uma sociedade capitalista a qual reproduz valores, em muitos casos, não coerentes com as necessidades e anseios dos trabalhadores, o que muitas vezes não é percebido pelos mesmos de forma reflexiva, podendo gerar em alguns casos o adoecimento do trabalhador, impossibilitando o mesmo transcender seu projeto de atuação profissional frente às dificuldades encontradas sejam elas valores, necessidades, anseios, estratégias de trabalho ou de relações profissionais. O presente artigo justifica-se pela reflexão sobre as possibilidades que o trabalhador pode vislumbrar frente ao mundo do trabalho ao perceber seu potencial e seu projeto de atuação profissional e a partir daí, lançar-se no mundo construindo sua história através de escolhas coerentes com seu projeto de atuação profissional. Objetivou-se com este capítulo, oferecer uma nova possibilidade de leitura do tema “Saúde do trabalhador” através da visão fenomenológica existencial sartriana. Utilizando-se da análise do filme “Jerry Maguire – A grande virada” (CAMERON CROWE, 1997), foi possível escrever este artigo, embasando-se em textos de origem existencial. Utilizou-se do método progressivo-regressivo satriano para compreensão das escolhas feitas pelo protagonista do filme, Jerry Maguire. A análise do filme mostrou que a personalidade do sujeito é tecida nas relações sociais, os quais orientam para definição do ser, da identidade, o que só é possível através das relações estabelecidas ao longo da vida, o qual algum destes fatos ao afetar a personalidade gera uma complicação psicológica que leva o sujeito a experienciar a contradição de ser, podendo levar a possível insegurança na realização do projeto de ser, ou ainda, a inviabilização do desejo de ser, gerando então o adoecimento.
Palavras-chave: Saúde do trabalhador. Existencialismo. Psicologia do Trabalho.
Francielle Morelli[1]
Ronaldo Antonio Verrillo[2]
 Sylvia Mara Pires de Freitas[3]


[1] Psicóloga. Discente do curso de Pós Graduação em Psicologia Fenomenológica Existencial da Universidade Paranaense-UNIPAR.
[2] Psicólogo. Discente do curso de Pós Graduação em Psicologia Fenomenológica Existencial da Universidade Paranaense-UNIPAR.
[3] Psicóloga. Mestre em Psicologia Social e da Personalidade (PUC/RS). Especialista em Psicologia do Trabalho pelo Centro Universitário Celso Lisboa (CEUCEL/RJ), Formação em Psicologia Clínica na abordagem existencialista (NPV/RJ). Bacharel em Psicologia pelo CEUCEL/RJ. Docente dos cursos de Psicologia da Universidade Paranaense (UNIPAR), Unidade Sede, Umuarama/Pr) e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá/Pr. Coordenadora, docente e orientadora do curso de Especialização em Psicologia Fenomenológico-existencial da UNIPAR.